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Starbucks e Airbnb respondem com ações a decreto antimigratório de Trump

Maria Luisa Ferro
Maria Luisa Ferro
Publicado em 30/01/2017 às 7:52
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Starbucks e Airbnb propuseram ações de acolhida a refugiados em resposta a Trump / Foto: AFP

Starbucks e Airbnb propuseram ações de acolhida a refugiados em resposta a Trump Foto: AFP

A rede de cafés americana Starbucks e o site de hospedagem Airbnb anunciaram no domingo (29) ações para apoiar pessoas afetadas pelo decreto do presidente Donald Trump, que suspende a entrada de refugiados e muçulmanos aos Estados Unidos. A Starbucks planeja contratar nos próximos cinco anos 10.000 refugiados nos 75 países nos quais está presente, enquanto a Airbnb anunciou que hospedará de forma gratuita os atingidos pelo decreto.

"Escrevo a vocês hoje com uma profunda preocupação, o coração apertado e uma promessa decidida", afirma o presidente da Starbucks, Howard Schultz, em um e-mail enviado aos seus funcionários e que foi publicado na internet. "Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque", acrescentou Schultz, que apoia o Partido Democrata.

O executivo indicou que a Starbucks está em contato com os trabalhadores atingidos pelo decreto presidencial, que estabeleceu restrições severas para a entrada no território americano e "verificações extremas" contra cidadãos de sete países muçulmanos (Síria, Líbia, Sudão, Irã, Iraque, Somália e Iêmen). O grupo se comprometeu a contratar pessoas que fogem de guerras, perseguições e discriminação.

Nos Estados Unidos, a Starbucks começará a recrutar refugiados que trabalharam para o exército americano como, por exemplo, intérpretes, informou. "Devemos garantir que nossos escolhidos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks faz sua parte", disse o dirigente, acrescentando que a rede de cafés quer servir seus clientes igualmente "em um país cristão ou um país muçulmano". 

Por sua vez, a Airbnb propôs dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto. "A Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos", indicou no Twitter Brian Chesky, presidente da empresa.

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